O seu feed é seu espelho

18:00

Eu estava assistindo um vídeo da Luiza Junqueira (a Tá Querida) para me inspirar num outro tema, mas o vídeo em questão era o tour do corpo dela. Provavelmente que se eu visse esse vídeo anos antes eu não teria me emocionado como eu me emocionei hoje. A cada parte que ela mostrava, dizendo que já tinha odiado antes, mas aprendeu a ver beleza era uma lágrima que eu limpava no cantinho do olho;

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Lembro que mesmo já estando dentro de grupos feministas há alguns anos e convivendo com pessoas de vários gêneros, identidades e corpos diferentes dos meus, ainda eu me sentia esquisita com o meu próprio corpo. Lembra do texto da semana passada que não tem a ver com beleza? Pois é. Foram muitos anos brigando com o espelho e com a balança, me sentindo completamente inadequada quando eu me deparei pela primeira vez com um vídeo da Luiza. E sou inscrita desde então.


Nesse caminho de auto aceitação que eu estou trilhando o passo fundamental foi procurar mulheres com corpos parecidos com o meu. Ter o esforço ativo de seguir nas redes sociais esses perfis, principalmente no instagram, e dar um tempo nos perfis fitness.

Não faz tanto tempo, as únicas representações de mulheres que fogem do padrão (branca e/ou magra) eram as engraçadas, as pobres coitadas, ou virgens (sim, teve novela que o plot da mulher gorda era transar pela primeira vez), sorte dessa geração que pode ter um pouco mais diversidade e se ver em outras pessoas.


Ver mais pessoas parecidas comigo me fez ter um olhar mais generoso comigo mesma, e ter a noção que eu não sou "anormal" e meu corpo não é errado por não se parecer com os corpos que eu vi durante toda a minha vida. E os defeitos, ou melhor, as características que achamos ser defeitos acontecem com todo mundo, e podem ser lindos <3

O mundo me ensinou que deveria esconder a barriga, que a parte de cima tinha que ser larga e na parte de baixo um short pra não aparecer as celulites e por anos acreditei e me prendi dentro de camisetas e saídas de banho. Ir a praia era uma tortura, algo que adiava e dizia odiar. Bobagem, sempre amei nadar. Um belo dia resolvi me rebelar, aos poucos fui diminuindo as peças até me sentir confortável e liberta. Anualmente tentam excluir o corpo gordo do verão, como se não bastasse todos os outros lugares que já nos tentam limitar. O corpo do verão é o seu corpo e o seu corpo é a sua casa, uma casa linda que não merece ser escondida! Não vá a praia pra agradar alguém com a sua aparência, tu não tem que agradar ninguém alem de si mesmx. A praia foi feita pra diversão, foi feita pra bronzear, foi feita pra você sereia ou tritão ser feliz e livre. Coloca essa barriga no sol mona! Coloca o rabetão pra jogo que vai ter liberdade na praia sim e ninguém pode e tem o direito de impedir sua felicidade; #livredospésàcabeça #publidobem
Uma publicação compartilhada por Isabella Trad (@beeeells) em

Fica o meu convite para seguir essas mulheres lindas.

Beijo

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