O seu feed é seu espelho
18:00Eu estava assistindo um vídeo da Luiza Junqueira (a Tá Querida) para me inspirar num outro tema, mas o vídeo em questão era o tour do corpo dela. Provavelmente que se eu visse esse vídeo anos antes eu não teria me emocionado como eu me emocionei hoje. A cada parte que ela mostrava, dizendo que já tinha odiado antes, mas aprendeu a ver beleza era uma lágrima que eu limpava no cantinho do olho;
Lembro que mesmo já estando dentro de grupos feministas há alguns anos e convivendo com pessoas de vários gêneros, identidades e corpos diferentes dos meus, ainda eu me sentia esquisita com o meu próprio corpo. Lembra do texto da semana passada que não tem a ver com beleza? Pois é. Foram muitos anos brigando com o espelho e com a balança, me sentindo completamente inadequada quando eu me deparei pela primeira vez com um vídeo da Luiza. E sou inscrita desde então.
Nesse caminho de auto aceitação que eu estou trilhando o passo fundamental foi procurar mulheres com corpos parecidos com o meu. Ter o esforço ativo de seguir nas redes sociais esses perfis, principalmente no instagram, e dar um tempo nos perfis fitness.
Não faz tanto tempo, as únicas representações de mulheres que fogem do padrão (branca e/ou magra) eram as engraçadas, as pobres coitadas, ou virgens (sim, teve novela que o plot da mulher gorda era transar pela primeira vez), sorte dessa geração que pode ter um pouco mais diversidade e se ver em outras pessoas.
Ver mais pessoas parecidas comigo me fez ter um olhar mais generoso comigo mesma, e ter a noção que eu não sou "anormal" e meu corpo não é errado por não se parecer com os corpos que eu vi durante toda a minha vida. E os defeitos, ou melhor, as características que achamos ser defeitos acontecem com todo mundo, e podem ser lindos <3
Fica o meu convite para seguir essas mulheres lindas.
Beijo
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