As mulheres e a velhice proibida
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Esta é só mais uma da
velha história de como a aparência feminina é supervalorizada na sociedade. Como
se não bastasse para nós, sermos influenciadas a andar sempre impecável desde a
infância, de nada vale tantos ‘’cuidados’’ com a nossa embalagem, uma vez que se
diz, a torto e a direita, que aos trinta, qualquer mulher já é considerada
velha.
E veja bem, ninguém
aqui está sendo contra este adjetivo, mas, sim contra a ideia perversa posta em
cima dele. Chamar uma mulher de velha é considerado para muitos (as) uma
ofensa, visto que, sempre se utiliza do mesmo para ofender ou julgar a sua aparência
e/ou capacidades. Contudo, o mais irônico nisto tudo é que, em contrapartida,
para os homens, o passar dos anos e torna-se uma questão de charme e a palavra
velho, é substituída imediatamente por, maduro.
Ao passo que, para o gênero
feminino, exista todo um mercado e indústrias de cosméticos, para burlar ao
máximo nossos futuros cabelos brancos, rugas e pele flácida. É absolutamente difícil
de acreditar que podemos inclusive, perder chance de trabalho por isso, como
aconteceu com as atrizes: Jamie Denbo (43 anos), Olivia Wilde ( 28 anos) e
Maggie Gyllenhaal ( 37 anos), que foram taxadas velhas demais para interpretar personagens
condizentes sim, com suas idades e aparências. Porém, a misoginia e o
preconceito contra nós sempre falam mais alto.
É pesado, entretanto,
devemos admirar cada dia que acordamos e celebrar, de fato, cada ano vivido de
nossas vidas, fazendo disso uma luta constante pelo direito de envelhecermos em
paz, com orgulho e dignidade.
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